"Como sempre, e como não poderia deixar de ser em relação às produções do TUM, a angústia é sempre a mesma: um espectáculo demasiado grande para um auditório demasiado pequeno. Ou seja, como chamar de cultura underground nortenha aquilo que são simplesmente os melhores momentos de palco aos quais podemos assistir neste país à beira mar plantado que mais parece areia onde não se consegue semear nada que cresça saudável? A poesia estonteante, profusa e visceral de João Negreiros e as interpretações avassaladoras, trabalhadas até ao âmago de cada actor, sofridas (bem sei...) expostas a um público demasiado pequeno, demasiado insignificante. Tão demasiadamente insuficiente que às vezes até parece que passamos "tantos nanossegundos correndo desesperadamente para não sei bem onde/ fazer não sei bem o quê com não sei quem sozinho " (Queda Live)
Simplesmente demasiado bom, dói.
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